Distímica.

A gente se sente um tanto quanto fora de si quando se sente deprimido. A tristeza é uma força tão violenta e tão poderosa que te carrega com ela por onde for. Os deprimidos diagnosticados dependem de uma substância que varia de quantidade e tipo conforme a idade, nível de desenvolvimento da doença e gravidade da mesma. Sem essa querida e amada pílula, comprimido, gotas, via venosa ou o que quer que seja o modo de absorção, após uns 15 dias sua tristeza volta pra te levar de volta à solitária psicológica, como um carcereiro que retorna pra levar o preso do seu banho de sol pra trás das grades.

Se você está bem, se sente livre. Sai, faz questão de se divertir de qualquer jeito, procura as pessoas, seu rosto está sempre com uma aparência de saudável, sua cabeça não pensa em desgraça, seu humor é sempre positivo, você se sente bonito, atraente e amado. O sol te tira de casa e está sempre aberto a aventuras e simplesmente ignora o fato da sombra da depressão estar bem próxima, como um guarda-costas, com a cara da morte e a foice na mão, só te observando, para, num vacilo, te esfaquear pelas costas novamente. E novamente. E novamente.
Quando se está bem, a gente sempre acha que o uso do medicamento por anos seguidos, é a melhor coisa que você pode fazer por você próprio.

Porém, o outro lado da moeda é mórbido.
Quando o remédio termina e por motivos diversos a gente não lembra de pedir a receita ao psiquiatra, ou simplesmente esquece que ingere algo pra curar a permanente tristeza, a sensação que ocorre, após o tal período de 15 dias, é de que se está morrendo aos poucos. Seu coração diminui o ritmo, sua cara no espelho é pálida, as olheiras vão até metade das maçãs do rosto, seus olhos realmente perdem o brilho, uma aparência apática de doente terminal toma conta do seu corpo. Sua postura é de alguém sem força. Você não tem vontade e nem ânimo pra ficar com as costas eretas e tudo em você (o que o próprio sempre pensa) é o pior que já viu. Você não tem paciência pra vaidade. Seu cabelo fica do jeito que está e as roupas são as que surgiram primeiro na sua frente. Você não sai mais de casa. Sua diversão se resume a ficar deitado olhando o teto, esperando a hora de dormir para ter o alívio de ficar com a consciência latente por algumas horas e não sofrer por estar de olhos abertos. Você se transforma em alguém distante, frio, sem emoções, sem amigos e seu celular não toca. Nunca. E o pior é que sua cama parece uma nuvem de tão confortável e você deseja nunca ter que levantar dela para enfrentar a vida. Daí que surgem os pensamentos...
Nessa hora, o choro é a única forma de alívio.
Substâncias nocivas produzidas pelo cérebro derivadas da falta de serotonina, vão para as glândulas lacrimais e saem junto com as lágrimas. É por isso que um depressivo sempre chora tanto.

Entretanto, é nesse momento que o pior acontece.
Aquela mera pílula azul e branca vira o seu pior pesadelo, pois é ali que está depositada toda a sua felicidade eterna e surge uma dúvida furiosa e insandecida do porquê aquilo é tão essencial a sua existência. Por que não é possível que a sua vida não poderá ir a frente sem aquilo?? Sua inteligência não consegue assimilar o motivo pelo qual você entre tantos bilhões no mundo, foi escolhido pela genética pra portar esse tipo de doença? Por que, apenas você de toda sua família, possui essa desordem? Por que você necessita daquela maldita pílula pra sobreviver? Por que você não pode viver uma felicidade normal, sem químicos? POR QUE???

E o fundo do poço vai ficando mais nítido.

Pra entender o que digo. Aqui.

Eu tô bem. Foi só um desabafo de quem sofre dessa desgraça da mente humana.

Última aquisição fonográfica.

Nas minhas andanças pelos sebos do Centro do Rio, na busca pelo "Mein Kampf", - Pode separar uns R$150,00 fácil aí se quiser esse livro, dona! - eis que me deparo com uma loja de vinis chamada Classis Discos, num desses sobrados cariocas que escondem tesouros que fazem misérias com nós, reles mortais.
Até que lá no meio dos ácaros, da poeira e do cheiro delicioso de coisa velha e mofo, surge esse clássico, que se não fosse pelo meu namorado cheios das cartas roqueiras nas mangas, acho que nunca chegaria a conhecer. Os injustiçados do Rock n Roll:




Ele tá um pouco arranhado, porém sem comprometimento algum do som (deu pra testar lá na hora e tive um treco). A versão é do ano, de 1972 e nacional, mas não importa.
Paguei R$15,00 numa raridade enquanto no Mercado Livre, o Victor encontrou por R$60,00.


Voltei meus gastos pra Rod Stewart, Mick Jagger, Marc Bolan, Steven Tyler, Angus Young, Dave Johanson e seus companheiros de anarquia.

Fight Club + Suicide Girls

Para homens e mulheres que curtem os respectivos acima:
Aqui

Para as mulheres, não se preocupem, fotos não muito indecentes.

No mínimo, interessante.

Será que alguém lê isso aqui?

Querido Lasik,

A melhor coisa que fiz na minha vida: microcirurgia ocular, comumente chamada de operação de vista.
Um olho já foi, o direito, com o maior grau, sexta eu faço o outro.
A pior coisa nem é o cheiro de cabelo queimado quando o médico diz que o laser tá vasculhando sua íris, e sim quando você ouve um barulhinho de motor de dentista e descobre que aquilo ali é uma maquinha cortando seu cristalino pra aí sim entrar o laser.
Até bolinha de fisioterapia e cobertor a gente tem direito quando entra na sala e a aflição aparece.

Tecnologia aliada à medicina é definitivamente a coisa mais fenomenal que existe por aí.

Aí saí da sala andando como se nada tivesse acontecido, com um simples tampão transparente com furinhos cobrindo meu olho direito.
Quando cheguei em casa tirei aquilo e enxerguei o mundo.
Quase chorei quando consegui ler a legenda de um filme a 3 metros da televisão.
Isso com só um olho bom.

Quem não tem problemas de visão nunca vai entender essa sensação de ver as coisas nitidamente sem óculos nem lente de contato pela primeira vez. É emocionante, cara.

Tô feliz pra caralho, precisava dividir isso com o mundo.
Por enquanto não posso entrar em boates nem ficar em muvucada, devo ficar um mês longe. Porém, desde quando eu faço questão de galerê?
Tô amando
Beijosmeligasemóculos!
:*

Na mesa ao lado, senhoras tomam seus Kir Royals ao mesmo tempo que seus maridos se deliciam com copos de cerveja, provavelmente Bohemias.
Na minha mesa, meu pai pede um vinho tinto, de uva francesa, mas que segundo o garçon-somelier efusivo e entrão ao extremo, só deu certo de plantar no Chile por motivos geográficos que impediam o aparecimento de pragas no país devido a Cordilheira dos Andes estar muito próxima do Oceano Pacífico.
Uma pizza de folhas é apresentada à minha família. Definitivamente aquilo não alimentaria minha trupe de comedores compulsivos de comidas pesadas. Pizza de rúcula? Não, obrigada.
Uma ida inesperada a um restaurante requintado consegue ser extremamente tediosa quando as coisas que você gostaria de tê-las naquele momento não se apresentam junto contigo.

E eu, fiquei na minha águinha, porque vinho tinto não desce. Meu negócio é cerveja.

É bem simples.
Você tem a idéia e alguns meses depois, todo mundo faz igual.


Morrendo de saudades do meu namorado. Mor-ren-do.

Liam Gallagher acabou de ganhar moral com a brasileirada. Pegou a bandeira da platéia, pôs no rosto, e sabe lá Deus o que ele fez com aquela boca na nossa "ordem e progresso".
Claro, obviamente, depois de tocar I am the Walrus.

Tô em choque.

Arrependidaaaaaaaaaaaaaaassaaaaaaa.

THE END.

Falling Down: me gela.

Princesa Diana aparece aqui na sala com essa bateria, cara.

Voltaram. Banda rápida essa, hein.

Falta "I'm the Walrus", ca-ce-te.


Vou chorar de verdade agora, puta merda, Noel cantando "Don't look back in Anger".

Cadê meu namorado nessas horas, porra?? :~~
Nessas horas que eu me pergunto porque Deus (se ele realmente existe) é injusto e faz duas pessoas de cidades diferentes se apaixonarem.

Queria tá lá no meio da galera. :~

E esse guitarra com pinta de Paul McCartney aos 20 e poucos. Sei nem quem é, mas já ganhou pontos comigo.

Mermão, vou surtar com essa banda. Puta que pariu!

"she done it with a doctor, on a helicopter!"


Update: Velho, chorei aqui!

End of first chapture.
Bora pro bis.

Outro treco: Supersonic!
Meus 10 anos estão de volta!

Em resumo: Tô tendo uma coisa chamada treco.

Liam: "Fuck you!"
Platéia: "Yeeeaaaahhhh!"

Não guento com brasileiro.

Aí,
Liam: "There's a song. Wonderwall!"
Platéia: "Wooooooooooooooowwwwwww!"

Oasis's tickets sold out. [2]

Esses caras são uns marrentos, nojentos filhos da puta, mas sabem fazer música como poucos. O Liam acha que é rockstar (e é) e fica lá, posando de garça pra todo mundo tirar foto. O Noel, tocando já é mais modesto....Ah foda-se.
Eu amo as músicas desses malditos!

Tô quase chorando de raiva e arrependimento de não ter caçado esse ingresso antes.
Anta.

Oasis's tickets sold out.

Nâo comprei a tempo e to vendo o show do Oasis pela TV. Tô arrependida até o caroço, pois amo a banda desde Wonderwall, ou seja, quando eu tinha 7, 8 anos de idade.

Tão tocando "Songbird" e to tendo um treco aqui. Tô quase chorando de raiva, porque não tenho nem Victor perto, nem o show de verdade na minha frente. Só uma tela no meio.