segunda-feira, dezembro 29, 2008

Brasileiro não desiste nunca... de ser mal-educado!

Se tem algo que me irrita profundamente é neguinho mal-educado.
Eu trabalho em loja de comércio popular e aqui se vê de tudo, de TUDO. 
A gente tá acostumado com as esquisitices. Tem gente que tem mania de perseguição, tem dono de boca vindo comprar caixa fechada de saco de sacolé pra fazer deduz-se o que, tem casal CASADO que o cara quer ser chamado de senhora e a mulher tem deficiência motora e física devido a um acidente, tem perua endinheirada que vem fazer "economia" na SAARA gastando em uma loja o que o meu funcionário ganha por mês, e tem o pior de tudo, criança que vomita no cantinho do chão da loja e mãe que sequer avisa o pessoal e continua comprando como se nada tivesse acontecido.
Na boa, vai tomar no meio do ânus. 
Seu filho está passando mal? OK! Seu filho está com vontade de vomitar? Mais ou menos OK! Seu filho diz que está prestes a vomitar?Nada OK! Você vendo seu filho verde diz pra ele vomitar no cantinho da loja e nem sequer pede pra ir ao banheiro? O OK foi pra puta que pariu, né?
PORRA! Tô eu quieta, na minha, atendendo cliente, e de repente vejo aquele resto de estrogonofe no chão! Meu sangue ferveu! Falta de educação do caralho! Nem pra avisar e pedir pra limpar, porra! E ainda ficaram lá, andando em bando. E reclamei bem alto, sem saber que a mãe do dito cujo ainda estava no recinto. 
Ainda bem que ouviu porque se for pra sair vomitando na sala de casa ninguém quer né?

Tô muito puta.

Ser de família árabe e trabalhar no negócio da família é...

Trabalhar 8, 9, 10, 11 horas/ dia.
Não ter recesso em feriado algum, nem no Natal.
Trabalhar aos sábados.
Aguentar MUITA poeira, já que é de conhecimento geral que negócio de árabe nunca é chique e é sempre no lugar mais seco, quente, as vezes sujo, e pobre da cidade.
Acordar muito cedo todos os dias, inclusive aos sábados.
Não ter condições de farrear na sexta, já que no sábado, acorda-se cedo.
Ter o sábado a tarde todo pra dormir.
Não conseguir mais sair a noite.
Ter saudades dos tempos que não precisava trabalhar.
Ter saudades dos tempos que conseguia sair no fim-de-semana.
Ter saudades dos tempos que acordava as 6am e só ia dormir as 7am do dia seguinte ainda disposta a mais farra.
Ter saudades dos tempos em que 11 da noite não significava nada pra você em termos de cansaço físico.
E finalmente, 
Ter um colapso nervoso só de ouvir a musiquinha do Fantástico domingo a noite.

sábado, dezembro 27, 2008

Os Gunners que me desculpem, mas Hard Rock é fundamental.

A maioria discorda, mas como gosto é que nem cu, deixo registrada aqui a minha indignação e desilusão com o Chinese Democracy.
Pombas! Quatorze anos esperando e eis que me surge aquela porcaria. A Dr. Pepper fez bem em duvidar do lançamento, afinal, o disco passa longe do Gn'R autêntico. Muito longe.
A coisa parece uma mistura de qualquer hype-rock com Mariah Carey na sua pior fase. Não dá pra aguentar por muito tempo. Quem gosta de Hard Rock não gosta de R'nB e vice-versa. Não é justo com os fãs, tirar deles todo aquele barulho, que no meu caso embalou muitas sextas-feiras furadas na Bunker, e a voz do ruivo bonitão e por no lugar uma melodia melosa e sem gosto. É a mesma coisa que colocar o falecido Freddie Mercury pra cantar metal! Simplesmentes não combina!
Não me venha dizer que é porque estamos nos anos 00 que a coisa evoluiu. Nananinanão. Evoluir é uma coisa, mudar a cara de uma banda clássica dos anos 80 é outra completamente distinta. A banda acabou e os integrantes levaram com eles o peso pro Velvet Revolver. O Axl sozinho não conseguiu manter o som característico. Mas tudo bem, afinal, naquela época a banda não era ele sozinho. E, coitado, ele não tinha obrigação nenhuma.
Enfim, não gostei. Na minha humilde opinião é só mais um caça-níquel. Um disco que podia ter virado lenda e continuado desse jeito. Cadê o hard-rock-quase-farofa do nosso querido Guns and Roses? Tudo bem que a banda se desfez e só nosso querido frontman original restou, mas e as guitarras slasherianas. Cadê?
De qualquer modo, tenho que reconhecer e admitir, nosso amado e pomposo Axl, aos 47 anos, com trancinhas ruivas nos cabelos e muitos botox depois, continua com sua voz estridente, remetendo a um pano sendo rasgado: muito difícil de imitar e com um som único.

E a Dr. Pepper se fodeu. A toa.
Tava assistindo a Retrospectiva e não existe melhor programa na Globo. A merda é que só tem uma vez no ano.
O lugar maravilhoso é o Real Gabinete Português de Leitura. Vulgo Biblioteca da Bela e a Fera como eu costumo chamar (na boa, é igual a do desenho), lá no Centro na Praça Tiradentes. Tem uns duzentos anos e uns 10 mil livros. É lindo e, para os mãos-de-vaca, é de graça. Vale uma visita.

Agora...
Só perde pra Malhação.

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Pós-Natal

Todo mundo cheio dos presentes, com a barriga estufada de tanto comer, até o dia 31 e com a geladeira de casa socada de comida que sobrou da ceia da casa dos outros e que a anfitriã da festa fez questão de empurrar aos convidados num pote de Tupperware (vai ao freezer e ao microondas, U-A-U), que no carnaval ela vai cobrar de volta. Ou socada de comida da ceia que foi feita na SUA casa.

NA-SUA-CASA.

Na boa? Não há nada pior que festa de Natal na SUA casa. 
Não dá. É gente demais, calor demais, comida demais, copo demais, copo espatifado no chão demais, gelo no chão que logo se transforma em lama demais, esporro da mãe porque você não ajuda demais, bacalhau demais, criança fazendo zorra demais...
Chegada a hora da ceia. Aquele monte de gente reunido em volta da mesa como a fera faminta e louca pra dar o bote. Não se espera muito, ouve-se um "ATACAAAAAAAAAAR!" ao longe e se tem início a farofada.
Como umas olimpíadas de deglutição, a coisa simplesmente passa na sua frente em flashes de câmera lenta: O primo desajeitada que passa segurando a faca a milésimos de milímetros do seu olho, a prima de 8 anos que esbarra na garrafa de vinho e derruba, artisticamente, aquela bebida toda na toalha com fios dourados, especial para o Natal, nova da sua mãe, a sua tia gorda que passou dos 50 que dá garfadas fenomenais no peru ressecado e quando abre a boca pra falar, vem aquele hálito esvoaçante de farofa com arroz...
Depois de tudo isso, quando não se cabe mais nada comestível no corpo de todos esses humanos, vem a sobremesa. Me sinto num spa para magros. 15 - quinze!! - tipo de doces (não tô zuando) nos aguarda. Quanto a isso não tecerei comentários. Imaginem o horror por si próprios. 
Após a ceia, o momento mais aguardado da noite, quiçá do ano! A abertura dos presentes. Teoricamente, existe momento mais esperando que esse? Claro que não! Todos querendo, ansiosamente, abrir seus respectivos embrulhos e é aí, meu caro, que mora o perigo. É aí, que o buraco é mais embaixo e seus pedidos de Papai-Noel vão todos pelo ralo.
Claro que em momentos de crise ninguém espera ganhar um PS3, um carro ou uma calça da Diesel, mas também ninguém espera ganhar pingentes de celular (sic) ou porquinhos-cofre de cerâmica (sic, sic) como presentes de Natal. Você se esforça pra comprar coisas criativas e baratas e ganha de volta uma...bolsa de palha! "Nossa, tia, que lindo! Brigada! Tudo a ver comigo!". Ahan, falou.
O piso da sala se transforma numa excelente pista de patinação já que a gordura de todos os tenders, chesters, perus e filés já estão sob nossos pés e em um enorme aterro sanitário, tamanha a quantidade de papel rasgado e saco metalizado refletindo a luz do teto e te cegando, e quase uma cama de pregos já que as crianças do recinto sempre ganham brinquedos com quase nanopeças que se você pisa em um... um adeus à delícia do andar descalço por uma semana.
Mas a melhor parte ainda está por vir. A despedida.
Recomendo. A hora que o primeiro resolve ir embora é um milagre de Natal, já que depois dele, a galera toda resolve tomar seu rumo e, FINALMENTE, você pode correr pelada pela casa e dormir sem aquelas pentelhos dos teus primos te pedindo pra montar as pistas do Hot Wheels, da Polly e do Max Steel pra eles.

quinta-feira, dezembro 25, 2008

Pra comeco de conversa...

Comeco escrevendo de um Mac sem acentuacao e c cedilha. Entao ja se explica a gafe de inicio.

Depois, 
sim, mais um blog. Mais uma metida a escritora virtual que daqui uns (pouquissimos) meses ja nao se lembra sequer do nome do proprio.

Mas como varias vezes na vida as pessoas comecam as coisas no impulso... Demonstro, novamente, depois de alguns anos sem escrever no fantastico mundo da internet, minha compulsao. Compulsao uma pinoia, e impulso mesmo. 

So para constar: sempre gostei de escrever mas nunca tive muito saco. 
Aquela famosa frase que diz que nossa vida so e completa se tivermos um filho, plantarmos uma arvore e escrevermos um livro se aplica a mim da forma mais ludica possivel: escrevendo um blog (trying to), cuidando por um dia dos filhos dos outros (trying to) e plantando um feijao no algodao (aos 22 anos de idade).
Agora retorno a famosa rede para novamente TENTAR escrever notas que prestem. Notei que ultimamente minha paciencia para a escrita voltou maior e melhor. E os "promissores" novos escritores de blog, idem. 

Agora, todo mundo tem blog. De novo.

Enfim, 
detesto o twitter. 
Amo ler as coisas dos outros, saber o que ocorre nas vidas virtuais mais cheias e ocupadas de espacos vazios, mas o dito cujo e infinitamente mais forcado que um blog. Voce liga o computador (alias, nos dias de hoje, alguem ainda liga o computador pra alguma coisa? Acho que nao! Voce chega na casa do fulano e o PC ta ligado la o dia todo so fazendo de voce mais um otario socio da Light. Enfim, fecha parenteses!), e se da ao trabalho de logar na pagina do site mais fanfarrao so pra escrever 3 palavras. Pelo menos num blog voce se esforca para digitar um pouco mais de uma linha de qualquer conteudo.

O nome do blog? The Jack - AC/DC.